quarta-feira, abril 06, 2011

Poema sem nome

O que dizer quando as palavras já não dizem nada.

Quando a alma pede algo adormecido.

Sonha sonhos acordada de algodão.

Voa para as nuvens tentando manter os pés no chão.

Quando vê um carrossel se põe a girar.

Tentando esconder o que não dá.

Desejando olhos mágicos que possam ver além.

As dúvidas, medos e receios

Se dissipam como vento.

E num segundo tudo volta.

Resgata lá do fundo seus achados e perdidos.

Incompleta, imperfeita.

Parece feita de proveta.

Constrói, desconstrói, destrói.

Sente a dor do parto como se partida.

Num giro raso sorri.

Inverte os pólos, eletrifica.

Nasce vívida...

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